O planeta não refletiria muita luz do sol para a Terra, o que explicaria a dificuldade de localizá-lo - (crédito: Freepik)
Com um conjunto de dados astronômicos antigos, cientistas acreditam que encontraram evidências de um Planeta Nove dois astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia encontraram seis objetos que ultrapassavam a órbita de Netuno e que estavam agrupados de maneira que pareciam atraídos pela força gravitacional de um objeto maior. Assim surgiu a teoria de um nono planeta em nosso sistema.
Se o Planeta Nove de fato existir, ele deve estar entre 500 a 700 unidades astronômicas (UAs) do Sol, segundo investigações preliminares. Uma UA indica a distância entre a Terra e o Sol. A essas distâncias, o planeta não refletiria muita luz do Sol para a Terra, o que explicaria a dificuldade de localizá-lo.
Em um novo artigo, uma equipe de cientistas vasculhou dados antigos e e encontrou possíveis candidatos a Planeta Nove além da órbita de Netuno. "Espera-se que o Planeta Nove se mova lentamente no céu devido à grande distância para além da órbita de Netuno. Por isso, procurámos objetos de movimento lento que se movessem de uma posição IRAS para outra posição AKARI após 23 anos", explica a equipe em seu pré-print (artigo ainda não revisado por pares).
Foram encontrados pelo menos 13 candidatos em uma investigação prévia. O andamento das apurações, porém, revelou que apenas um poderia ser o hipotético nono planeta do Sistema Solar. "O mapa de probabilidade de detecção do AKARI indicou que a fonte AKARI do nosso par candidato satisfazia os requisitos para um objeto em movimento lento com duas detecções numa data e nenhuma detecção na data de seis meses antes", aponta o artigo.
Apesar de preencher alguns dos requisitos dos astrônomos, ainda não é possível prever a órbita dele, para então provar que seria o Planeta Nove. Assim, investigações mais aprofundadas se fazem necessárias para esclarecer a questão.
Por Isabela Stanga
Correio Braziliense